As TIC são ferramentas, que são
utilizadas para tratamento, comunicação e partilha de informação (computadores,
telemóveis, televisão, etc.).
Em termos educativos, as TIC são
vistas inicialmente como uma disciplina que pretende desenvolver os
conhecimentos e as capacidades dos alunos na utilização das tecnologias da
informação e comunicação e ao mesmo tempo desenvolver a capacidade de pesquisa,
tratamento, produção e comunicação da informação através das tecnologias,
paralelamente à capacidade de pesquisa em formatos tradicionais como livros,
revistas, enciclopédias, jornais e outros suportes de informação, o que também
é favorável a outras disciplinas do currículo, principalmente no que toca á
elaboração de trabalhos, tanto individuais como de grupo. (Horta, Mendonça,
& Nascimento, 2012)
Mas, devem esses professores
integrá-las nas suas aulas?
Atualmente existem professores
com opiniões e atitudes diversificadas no que toca à integração das tecnologias
de informação e comunicação no contexto educativo. Alguns utilizam-nas
diariamente, mas não sabem como implementá-las em contexto de sala de aula;
outros decidem utilizá-las, mas mantêm-se fiéis à sua prática profissional
tradicional. (Ponte, 2000)
Segundo João Pedro da Ponte
(2000): “Uma minoria entusiasta desbrava caminho, explorando incessantemente
novos produtos e ideias, porém defronta-se com muitas dificuldades como também
perplexidades.”
No entanto, quando os professores
se defrontam com esta nova realidade, que são as TIC, veem-se de “mãos atadas”
e com maiores dificuldades devido há pouco experiência e contacto que têm com
elas.
Será que o mesmo se verifica com
os alunos?
Patrícia Fidalgo (2009),
professora adjunta do Instituto Piaget, responde a esta questão, mas da
perspetiva dos alunos universitários que hoje em dia são uma mistura de alunos
provenientes do ensino secundário com pessoas de uma faixa etária mais elevada
e que já se encontram no mercado de trabalho e que estiveram muito tempo sem
estudar. Tendo em conta a exigência que a universidade impõe no que toca á
utilização/conhecimento das novas tecnologias de informação e comunicação,
estes últimos estão muito aquém do esperado, pois, muitos deles, conheceram as
novas TIC através dos filhos e com os quais tiveram um contacto reduzido ou
inexistente, contrariamente aos alunos vindos do ensino secundário, que estão
rodeados destas novas tecnologias.
Contudo, a integração das TIC no
processo de ensino-aprendizagem será uma opção ou uma necessidade?
Na nossa opinião, poderá ser uma
opção, na medida em que as TIC podem servir como uma ferramenta de possível
utilização pedagógica, como é o caso de certos softwares educacionais que são
utilizados como apoio à aprendizagem de conteúdos e ao desenvolvimento de
capacidades específicas (Ponte), e porque o professor pode recorrer a elas
quando achar pertinente e benéfico para a exposição ou consolidação dos seus
conteúdos. Os professores atuais, mais novos, são os que estão mais imersos
nestas novas tecnologias da informação e comunicação e já se aperceberam de que
os alunos podem coparticipar na produção do seu saber (Paz, 2008), por isso
poderão ser um exemplo em que a integração das TIC será uma opção.
“Mas note-se que, tal como a
utilização das novas tecnologias não faz bons professores, também a sua não
utilização não faz deles maus professores. As novas tecnologias não são a pedra
filosofal para o sucesso educativo.” (Paz, 2008)
Obras
Citadas:
Fidalgo, P. (2009). O Ensino e as Tecnologias da Informação e
Comunicação.
Horta, M. J., Mendonça, F., & Nascimento, R. (Julho de
2012). Obtido em 11 de Outubro de 2016, de DGE:
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ficheiros/eb_tic_7_e_8_ano.pdf
Paz, J. (2008). Educação e Novas Tecnologias.
Ponte, J. P. (2000). Tecnologia da Informação e Comunicação
na Formação de Professores: Que Desafios?
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