terça-feira, 11 de outubro de 2016

Atividade 1: A Integração da TIC no Processo de Ensino-Aprendizagem: uma Opção ou uma Necessidade?

As TIC são ferramentas, que são utilizadas para tratamento, comunicação e partilha de informação (computadores, telemóveis, televisão, etc.).

Em termos educativos, as TIC são vistas inicialmente como uma disciplina que pretende desenvolver os conhecimentos e as capacidades dos alunos na utilização das tecnologias da informação e comunicação e ao mesmo tempo desenvolver a capacidade de pesquisa, tratamento, produção e comunicação da informação através das tecnologias, paralelamente à capacidade de pesquisa em formatos tradicionais como livros, revistas, enciclopédias, jornais e outros suportes de informação, o que também é favorável a outras disciplinas do currículo, principalmente no que toca á elaboração de trabalhos, tanto individuais como de grupo. (Horta, Mendonça, & Nascimento, 2012)

Mas, devem esses professores integrá-las nas suas aulas?

Atualmente existem professores com opiniões e atitudes diversificadas no que toca à integração das tecnologias de informação e comunicação no contexto educativo. Alguns utilizam-nas diariamente, mas não sabem como implementá-las em contexto de sala de aula; outros decidem utilizá-las, mas mantêm-se fiéis à sua prática profissional tradicional. (Ponte, 2000)

Segundo João Pedro da Ponte (2000): “Uma minoria entusiasta desbrava caminho, explorando incessantemente novos produtos e ideias, porém defronta-se com muitas dificuldades como também perplexidades.”

No entanto, quando os professores se defrontam com esta nova realidade, que são as TIC, veem-se de “mãos atadas” e com maiores dificuldades devido há pouco experiência e contacto que têm com elas.

Será que o mesmo se verifica com os alunos?

Patrícia Fidalgo (2009), professora adjunta do Instituto Piaget, responde a esta questão, mas da perspetiva dos alunos universitários que hoje em dia são uma mistura de alunos provenientes do ensino secundário com pessoas de uma faixa etária mais elevada e que já se encontram no mercado de trabalho e que estiveram muito tempo sem estudar. Tendo em conta a exigência que a universidade impõe no que toca á utilização/conhecimento das novas tecnologias de informação e comunicação, estes últimos estão muito aquém do esperado, pois, muitos deles, conheceram as novas TIC através dos filhos e com os quais tiveram um contacto reduzido ou inexistente, contrariamente aos alunos vindos do ensino secundário, que estão rodeados destas novas tecnologias.

Contudo, a integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem será uma opção ou uma necessidade?

Na nossa opinião, poderá ser uma opção, na medida em que as TIC podem servir como uma ferramenta de possível utilização pedagógica, como é o caso de certos softwares educacionais que são utilizados como apoio à aprendizagem de conteúdos e ao desenvolvimento de capacidades específicas (Ponte), e porque o professor pode recorrer a elas quando achar pertinente e benéfico para a exposição ou consolidação dos seus conteúdos. Os professores atuais, mais novos, são os que estão mais imersos nestas novas tecnologias da informação e comunicação e já se aperceberam de que os alunos podem coparticipar na produção do seu saber (Paz, 2008), por isso poderão ser um exemplo em que a integração das TIC será uma opção.

“Mas note-se que, tal como a utilização das novas tecnologias não faz bons professores, também a sua não utilização não faz deles maus professores. As novas tecnologias não são a pedra filosofal para o sucesso educativo.” (Paz, 2008)


Obras Citadas:

Fidalgo, P. (2009). O Ensino e as Tecnologias da Informação e Comunicação.

Horta, M. J., Mendonça, F., & Nascimento, R. (Julho de 2012). Obtido em 11 de Outubro de 2016, de DGE: http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ficheiros/eb_tic_7_e_8_ano.pdf

Paz, J. (2008). Educação e Novas Tecnologias.

Ponte, J. P. (2000). Tecnologia da Informação e Comunicação na Formação de Professores: Que Desafios?


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